Era
pleno inverno e a neve cobria a terra numa grossa camada. Uma espantosa
praga havia surgido entre os peles-vermelhas,
dizimando
a tribo.
Nekumonta,
um esplêndido guerreiro, já havia perdido seus pais e irmãos, e sua
jovem e bela esposa havia caído doente, vítima da praga.
Desesperado
o guerreiro disse que ia procurar as ervas curativas plantadas pelo
Grande Manitou. Depois de cobrir sua esposa com peles, saiu para cumprir
sua difícil missão.
A
espessa camada de neve não deixava aparecer nem uma erva.
Ao
chegar a noite, cansado e com fome, debilitado pelo frio, tropeçou nuns
galhos secos e deixou-se ficar sobre eles, caindo num sono profundo.
Então,
todos os animais vieram rodear o adormecido para vigiarem seu sono, pois
havia sido bom para eles.
O
mensageiro de Manitou inspirou-lhe um sonho no qual via sua bela esposa
chamando seu nome e pedindo que procurasse as Águas
maravilhosas do Grande Manitou.
Ele
despertou imediatamente. No mesmo instante ouviu o barulho da água e
umas vozes que pediam sua libertação.
-
A água corre sob meus pés debaixo de terra! - exclamou. E seu murmúrio
me diz
para levar desta água a minha esposa que ela ficará curada.
Nekumonta
começou a cavar e logo encontrou uma fonte nascente
que corria livremente. Fez um
recipiente com barro, cozeu-o
ao calor da fogueira, encheu-o de
água e pôde regressar a sua cabana.
Com
o primeiro gole de água a esposa de Nekumonta entrou num sono
reparador.
Os outros doentes também se curaram.
A
tribo inteira escolheu Nekumonta para ser o chefe, dando-lhe o nome de
Chefe da Água Maravilhosa.
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