sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Era pleno inverno e a neve cobria a terra numa grossa camada. Uma espantosa praga havia surgido entre os peles-vermelhas, dizimando a tribo.

Nekumonta, um esplêndido guerreiro, já havia perdido seus pais e irmãos, e sua jovem e bela esposa havia caído doente, vítima da praga.
Desesperado o guerreiro disse que ia procurar as ervas curativas plantadas pelo Grande Manitou. Depois de cobrir sua esposa com peles, saiu para cumprir sua difícil missão.
A espessa camada de neve não deixava aparecer nem uma erva. Ao chegar a noite, cansado e com fome, debilitado pelo frio, tropeçou nuns galhos secos e deixou-se ficar sobre eles, caindo num sono profundo.
        
Então, todos os animais vieram rodear o adormecido para vigiarem seu sono, pois havia sido bom para eles.

O mensageiro de Manitou inspirou-lhe um sonho no qual via sua bela esposa chamando seu nome e pedindo que procurasse as Águas maravilhosas do Grande Manitou.
Ele despertou imediatamente. No mesmo instante ouviu o barulho da água e umas vozes que pediam sua libertação.
- A água corre sob meus pés debaixo de terra! - exclamou. E seu murmúrio me diz para levar desta água a minha esposa que ela ficará curada.


Nekumonta começou a cavar e logo encontrou uma fonte nascente que corria livremente. Fez um recipiente com barro, cozeu-o ao calor da fogueira, encheu-o de água e pôde regressar a sua cabana.



Com o primeiro gole de água a esposa de Nekumonta entrou num sono reparador.
Os outros doentes também se curaram.

A tribo inteira escolheu Nekumonta para ser o chefe, dando-lhe o nome de Chefe da Água Maravilhosa.







                                               


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