Dizem
que, há muitos anos, num longínquo país, existiu um bosque encantado. A
jovem princesa daquele reino, desobedecendo aos conselhos dos mais velhos,
decidiu visitá-lo.
Montada em seu
cavalo branco, deu de cara com um jovem lenhador, chamado Daniel:
- Não vá mais
adiante, princesa,
ou
nunca mais voltará.
Como era muito
audaciosa, ela esporeou seu cavalo e entrou na mata espessa.
Os dias se
passaram sem que ninguém soubesse da princesa.
- Darei a mão de minha
filha e o governo do reino a quem me devolvê-la sã e
salva. - ofereceu o soberano.
O lenhador Daniel
pegou sua flauta e seu machado e embrenhou-se no bosque, chamando pela
princesa.
- Estou
prisioneira do velho carvalho! - ouviu-a
gritar.
O
rapaz correu até o local e começou a dar machadadas no tronco, mas seus
potentes golpes não serviam para nada.
Uma voz cavernosa,
a
do carvalho, disse:
- Nunca conseguirá me derrubar. Estava farto de minha solidão e apoderei-me
da princesa. Vá embora daqui!
- Velho carvalho, se o que quer é companhia, eu a conseguirei para você.
E
começou a tocar em sua flauta uma melodia tão bela, que os pássaros,
que nunca vinham a este lugar tão sombrio, invadiram até mesmo os galhos do
carvalho. E todos juntos começaram a cantar.
- Lenhador, você me proporcionou companhia e lhe devolverei a princesa.
Ouviu-se o som de galhos partidos e a
princesa, comovida, estendeu a mão a Daniel.
Os
jovens foram felizes e o povo teve um rei prudente e honrado.
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